segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Palavras.

No sábado houve conversa séria.
Foi dito o que se sente, num dia a dia que se tem tornado mais cinzento e que a apatia instalada não tem força para combater.
Houve palavras que marcaram e magoaram o orgulho, que já deviam ter sido ditas e que nesta fase não estão à altura de ser ouvidas na plenitude do seu significado.
Foram partilhados os egoísmos, o virar de costas e a única razão comum que mantém tudo numa aparente paz.
Eu quero ouvir o que foi dito, quero sentir o que foi dito, mas ai de mim que se nem eu me consigo ouvir.
Eu não consigo chegar a lado nenhum se não sei de mim. Eu não tenho espaço para mais ninguém, nesta muralha de solidão e desespero.
Preciso ter força, preciso ver e ouvir, para além desta minha cegueira e surdez, para fazer alguém feliz, pois é desse alguém que eu preciso de ajuda para voltar a ser eu.

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